28 de julho de 2018

O segredo da maturidade


Maturidade é responsabilidade. Maturidade é você se considerar responsável antes de considerar os outros como responsáveis. Maturidade é procurar suas falhas antes de apontar as falhas das pessoas, lugares ou coisas como causa dos seus problemas. Maturidade é o ato de assumir a responsabiidade pessoal por todos os aspectos da sua vida.

A maturidade se demonstra respondendo racionalmente a eventos irracionais. A maturidade se demonstra através de uma postura equânime frente a certas adversidades.

O maior grau de maturidade é aquele em que você procura as escolhas interiores que determinaram seu destino exterior. Você não culpa nem mesmo o acaso, muito menos os outros. Ao invés disso, você examina suas intenções, sentimentos e pensamentos a fim de entender as escolhas que fez para servir a tal resultado. Este nível de maturidade requer um grau de consciência interior que é tão incomum quanto sábio.

O maior segredo da maturidade é que a maturidade depende completamente da responsabilidade emocional. Responsabilidade emocional é a percepção e a prática do princípio de que somente você pode decidir, e decide, como vai se sentir. Como a pessoa emocionalmente imatura acredita que são os eventos, os outros e a vida que causam seus sentimentos, então ela precisa tentar controlar ou mudar os eventos, os outros e a a vida para controlar como ela se sente. Como as pessoas fracassam ao tentar controlar os eventos, os outros e a vida, elas se frustram, se ferem e se irritam.

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As 7 razões para a responsabilidade emocional

1. Você decide o que identificar como eu (pense "isto sou eu") e a que manter sua identidade desapegada. Deixar uma coisa fora da sua identidade deixa essa coisa fraca, desapegada.

2. Você decide o que experimentar com seu coração e a que manter-se emocionalmente desapegado com seu coração. Deixar uma coisa fora do seu coração deixa essa coisa fraca, desapegada.

3. Você decide a que prestar atenção, o que lembrar e sobre o que pensar -- ou o que deixar naturalmente pssar através de sua mente.

4. Você decide o que tentar controlar ou mudar e o que aceitar tal como é. O que quer que tente controlar ou mudar irá afetá-lo emocionalmente.

5. Você decide o que considerar importante ou desimportante. O que quer que encare como importe irá afetá-lo emocionalmente.

6. Você é responsável por seu coração, alma, mente, identidade, atenção, consciência ou memória. Qualquer um desses pode afetá-lo emocionalmente.

7. A ciência ensina que é a proximidade, frequência, intensidade e duração dos sinais que determinam o impacto ou força dos sinais experimentados. Portanto, os sinais na sua mente podem afetar, e afetam, você mais do que seus sinais corporais ou ambientais podem afetá-lo.

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Uso e abuso

Infelizmente, o conceito de responsabilidade emocional é abusado por algumas pessoas no sentido de escusar suas ações e evitar tomar a responsabilidade pelos imapctos de suas ações. É verdade que você nunca será responsável pelos sentimentos dos outros, mas também é verdade você sempre será responsável pelo que transmite, comunica ou faz para afetar os outros.

Sim, é verdade que os outros são livres para reagir àquilo que você comunica. Mas será que isso significa que você deve intencionalmente tornar a reação das pessoas mais difícil e desafiadora?

O verdadeiro problema com a responsabilidade emocional é que ele acaba com nosso jogo favorito: o Jogo da Culpa [Blame Game]. Nós jogamos o Jogo da Culpa ao odiar, perseguir ou culpar os outros por nossos sentimentos, ao mesmo tempo em que reagimos a nossos sentimentos com uma postura de vítima, de desamparo, de impotência. Uma opção é jogar o Jogo da Culpa com nossa consciência, corpo, lugares, coisas, eventos ou até mesmo com Deus.

No passado, a única solução ou escapatória ao Jogo da Culpa era jogar ou encontrar alguém (dependência) ou alguma coisa (vício) para jogar o jogo do pára-choque -- alguém que brinque de consertar, ajudar ou resgatar a nós ou a nossos sentimentos.

O segredo da maturidade é que ela não vem com a idade, mas vem de assumir 100% da responsabilidade por nossos pensamentos, sentimentos, ações e experiências, e assumir 0% da responsabilidade pelos pensamentos, sentimentos, ações e experiências dos outros.

É interessante observar como as pessoas atribuem as causas das ações das pessoas. Tendemos a pensar que as más ações dos outros se devem a causas internas e nossas próprias ações a causas externas. Por exemplo, muitos pensam "tem alguma coisa muito errada com esse Fulano para ele agir desse jeito", mas ao mesmo tempo pensamos "eu agi de maneira estúpida hoje porque tive um dia muito estressante".

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Você consegue conviver em paz com os outros ao mesmo tempo que se mantém fiel a seus próprios princípios? Se você não segue seus próprios ideias, mas ao contrário segue os ideiais de algum grupo, então não está sendo verdadeiro consigo mesmo.

Ser verdadeiro consigo mesmo implica em dois princípios:

1. Diga a si mesmo a verdade sobre suas intenções.

2. Eleve-se e siga seus mais altos ideais.

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O vício é um problema típico da dependência emocional ou imaturidade emocional. Depender de coisas ou pessoas faz de você uma personalidade viciante.

Al-Anon ensina que o conceito de desapego é um meio para distanciar seus sentimentos sobre si das ações e sentimentos alheios. Quando seus sentimentos sobre si não mais dependerem dos sentimentos de outras pessoas, então você terá se desapegado dessa pessoa.

-> Desapego é liberdade para sentir.

-> Desapego significa não fazer da coisa algo sobre você.

-> Desapego é manter sua identidade fora da coisa, o que quer que seja a coisa.

Sua felicidade depende da felicidade das pessoas a sua volta? Seus sentimentos dependem dos sentimentos das pessoas a sua volta?

Quando você se desapega significa que você não mais tem um ego para defender ou proteger. Sem um ego para defender ou proteger você terá maior liberdade para experimentar e sentir.

A codependência por sua vez é frequentemente associada à dependência emocional. Você se sente forçado a socorrer alguém ao invés de deixá-la batalhar e alcançar a maturidade? Você respeita as pessoas o suficiente para deixá-las aprender a cuidar de si mesmas?

Observe que nos aviões as comissárias ensinam que você tem de colocar sua própria máscara de oxigênio anter de tentar ajudar alguém a colocar a sua. É assim que a vida funciona também. Cuide primeiro de você para que então você seja capaz de cuidar dos outros. Apesar do que dizem os devotos do pensamento positivo mágico, suas capacidades, energia, tempo e recursos são limitados. Garanta que sirva primeiro às coisas mais importantes de maneira que possa depis servir mais e melhor aos outros.

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A solidão é uma de suas necessidades? Ora, se você não suporta sua própria companhia então por que alguém deveria suportar a sua companhia? Se você não gosta de estar sozinha consigo mesmo, então por que alguém deveria querer estar sozinho com você?

A solidão é a melhor maneira de contemplar, rezar e meditar. A solidão o colocará face a face com seu eu. A solidão o colocará face a face com suas intenções positivas e negativas. A solidão é tão necessária para o autoconhecimento quanto as relações socias. A soldão ensina sobre as relações internas enquanto as relações sociais ensinam sobre as relações externas.

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Os gritalhões, os metidos a machão, e todos aqueles que acham que precisam lutar são as pessoas mais fracas de todas. A verdade é que a força é exatamente o contrário do que o macho ou o machismo definem como força.

A pessoa mais forte é na verdade aquela que se responsabiliza por seus próprios sentimentos. A pessoa que se sente insultada por qualquer um -- ou aquela que precisa lutar para salvar sua cara -- é a mais fraca de todas.

O machão é a personalidade mais fraca e imatura popularmente aceita: nenhuma outra é tão fácil de controlar, prever ou manipular em nível emocional do que o macho.

O forte é aquele capaz de dar a outra face.

Se você estiver centrado em si e for senhor de si então qualquer violência emocional ou insulto que lhe for dirigido simplesmente refletirá a fraqueza emocional, a imaturidade, a insegurança e a falta de inteligência de quem lhe atacou.

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Portanto, quando algu~em lhe provocar, tenha certeza de que foi sua própria opinião quem lhe atacou. -- Epíteto.

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Os 6 níveis da maturidade emocional

Nível 1: responsabilidade emocional

Quando a pessoa atinge o nível 1 da maturidade emocional ela percebe que não é mais capaz de encarar seus estados emocionais como responsabilidade de forças externas como pessoas, lugares, coisas, forças, destino ou espíritos.

As pessoas neste nível de maturidade emocional frequentemente usam as duas seguintes expressões:

-- "Quando eu fiz aquilo eu me senti...porque eu pensei que isso queria dizer..."

-- "Quando isso aconteceu eu me senti...porque eu interpretei isso como sendo..."

Nível 2: honestidade emocional

A honestidade emocional tem a ver com a vontade da pessoa em conhecer e possuir seus próprios sentimentos. A questão da resistência a autodescoberta vem dos temores conscientes e inconscientes da pessoa em lidar diretamente com as vozes críticas que ela ouve em sua mente. Esses temores se baseiam na dor emocional que o ego, a auto-estima e a conversa interior lhe infligiram no passado.

Neste nível de honestidade emocional as pessoas sabem como escolher o que vão sentir de forma que evitam ser feridas. Elas também sabem como escolher não interagir com seus acusadores interiores usando técnicas que os ignoram, distraem ou redirecionam.

Neste nível de maturidade emocional você não esconde, atulha, suprime ou reprime o que sente, mas honestamente experiencia o que sente. Você ao menos é honesto consigo mesmo sobre como realmente se sente apesar do que você deveria supostamente sentir. Porém, esta honestidade de forma alguma exige que você aja da maneira que sente.

Como um objetivo secundário deste nível, as pessoas aprendem a localizar outras pessoas com as quais possam compartilhar com segurança seus reais sentimentos, seus reais eus, de maneira aberta e receptiva. É neste nível também que a pessoa começa a nunca mais aceitar que seu eu seja seu comportamentos ou experiências. Se você se comportar como um cachorro até o fim da sua vida isso não fará de você um cachorro. Assim também você jamais será um estúpido agindo de maneira estúpida.

Nível 3: abertura emocional

As pessoas neste nível experimentam e aprendem o valor de ventilar os sentimentos para que esses sentimentos se esvaiam, bem como os perigos implicados ao se ocultar os sentimentos do eu e dos outros.

A auto-revelação é a questão mais importante neste nível de maturidade emocional. Contudo, a auto-revelação jamais será tão importante quanto a vontade da pessoa em ser aberta sem que as vozes críticas que ela ouve dentro de si tentem mudar, controlar ou condenar esses sentimentos.

É importante notar que ventilar os sentimentos é algo que deve ser feito corretamente. Se sua intenção não é deixar que um sentimento se vá então ao ventilá-lo você apenas o alimentará e o reforçará mais ainda.

Nível 4: assertividade emocional

O principal objetivo deste nível é ser capaz de pedir e receber o alimento que se precisa e requer -- primeiro do eu, depois dos outros.

Como objetivo secundário, a pessoa também aprende como expressar qualquer sentimento em qualquer situação.

-> Pedir por tempo livre para contemplar, meditar e rezar.

-> Pedir por compreensão e compaixão por sentimentos desagradáveis que esteja sentindo.

-> Ser capaz de aceitar elogios com um simples "Obrigado".

-> Expressar o que está sentindo sem exigir que os outros entendem ou apreciem seus sentimentos.

-> Informar aos outro que se sente vulnerável e que pode reagir insuficientemente a mais stress ou confronto.

-> Dar parabéns às pessoas pelas suas conquistas.

-> Dizer a alguém que você acha que o ele fz foi inteligente, oportuno e importante.

Nível 5: entendimento emocional
Conceitos próprios e autoimagens nesta fase são compreendidos como sendo "o" problema que interfere com a responsabilidade emocional. Aqui a pessoa percebe que não é possível ter o que se chama de boa autoimagem ou conceito próprio sem ter por outro lado uma autoimagem e um conceito próprio ruins.

Por sua própria natureza, a referência dos conceitos próprios e das autoimagens são sempre externas e, portanto, são os alvos e ganchos preferidos para o Jogo da Culpa.

As pessoas neste nível de responsabilidade emocional sempre se lembram de sondar seus conceitos próprios e autoimagens a fim de livrar-se deles. O autoconhecimento é usado para livrar o eu dos coneitos próprios e autoimagens e não para formar mais conceitos próprios e autoimagens que aprisionarão o eu de maneiras ainda mais complicadas e tortuosas.

A principal tarefa aqui é deixar totalmente de identificar-se com quaisquer conceitos próprios ou autoimagens e passar a identificar-se somente com seu verdadeiro e natural eu, que é um hospedeiro.

Nível 6: desapego emocional

Neste nível a pessoa vive sem o fardo e as ciladas dos conceitos próprios, autoimagens, conceitos grupais e conceitos sociais. A pessoa está consciente apenas do eu enquanto processo, enquanto ser senciente, enquanto ser experienciante, enquanto vaso vivo, enquanto incognoscível e imperturbável -- pois o eu é vivo, não estático ou fixo.

Por não ter conceitos próprios ou autoimagens para defender ou promover, a pessoa pode experimentar o amor incondicional por seus inimigos.

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Os 5 aspectos dos sentimentos que devem ser controlados

Você não pode controlar seus sentimentos, mas você sim pode controlar o antes e o depois de um sentimento e a persistência de um sentimento. E se você souber fazer essas três coisas bem, então nunca mais sentirá a necessidade de controlar um sentimento. Eis o que você pode controlar:

1. Se você vai apegar sua identidaade a um sentimento e mantê-lo preso aí ou se vai desapegar sua identidade de um sentimento e deixar ele se esvair.

2. Se você vai alimentar um sentimento com atenção, conexões, pensamentos e tempo para mantê-lo vivo ou se vai mat´-lo de fome sem atenções, conexões, pensamentos e tempo.

3. Como reagirá ou responderá a um sentimento sem pensamentos, sentimentos e ações.

4. Como se sentirá antes de que algo aconteça ao escolher como interpretar e responder a algo antes de que aconteça.

5. A intensidade, frequência e duração de seus sentimentos pela maneira como lida, resolve problems e processa seus sentimentos.

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O paradigma STPHFR

Há mais coisas entre o estímulo (S) e a resposta (R) do que apenas pensamentos.

A verdadeira causa dos sentiemntos é o contato com a eneergia interior que está no coração, o trono da força vital. Quando a força vitl, sua energia vital, entra em contato (H) com alguma coisa, você terá sentimentos (F) sobre o que quer que tenha sido contactado. O coração pode fazer contato com qualquer coisa que esteja sentindo no seu mundo interior, com qualquer coisa que esteja sentindo no seu corpo, e com qualquer coisa que esteja sentindo no seu mundo exterior. Em suma, as sensações contactadas pelo coração podem ser sensações de coisas, pensamentos ou sentimentos.

Seu coração pode ter sentimentos ao tocar seus pensamentos, imagens ou memórias. Você pode até mesmo te sentimentos de sentimentos. Seu coração pode ter sentimentos ao tocar sensações do seu corpo, seu eu imaginário (ego, auto-estima), sua mente, seu ambiente físico, seu eu real, sua alma e seu ambiente espiritual.

-> Seu coração não precisa entrar em contato com aquilo que você sente em seu mundo interior, no seu corpo ou no seu mundo exterior.

-> Sentir com o coração é uma escolha, mas o condicionamento, o hábito e as respostas inconscientes podem tornar esse processo automático.

-> Identificar-se com algo sem sombra de dúvida resultará em levar esse algo ao coração. Identificar-se com algo é uma coisa muito pessoal e importante para que o coração não queira conhecer sentindo-o e contactando-o.

-> Os sentimentos comandam os comportamentos (R), não os pensamentos (T).

-> As sensações são a vida, não os pensamentos ou imagens (T).

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O modelo STPHFR



S = Stimulus = O que aconteceu? A qual evento ou experiência estou respondendo?

T = Thinking = O que estou pensando sobre o estímulo (S) que chamou minha atenção?

P = Playback = Quais pensamentos (T) estou reproduzindo (P) várias e várias vezes em minha mente sobre S?

H = Hearting = Quais pensamentoes (T) aceitei, identifiquei-me, possuí e levei ao coração?

F = Feeling = Quais sentimentos tenho sobre o que possuí (H)?

R = Response = Qual é minha resposta a S baseada em meus sentimentos (F) sobre H?

Para descobrir por que você se sente do jeito que sente descubra o que levou a seu coração.

Os sentimentos baseiam-se em contatos com sensações. As sensações baseiam-se em prestar atenção a algo. Você é responsável pelo que presta atenção e pelo que leva a seu coração; portanto, você é responsável por como se sente.

Sim, você tem maus hábitos de pensar, reproduzir e levar ao coração, hábitos esses que estão em piloto automático (subconsciente ou inconsciente). Mas você pode tornar esses hábitos, programas e scripts conscientes outra vez. Afinal de contas, originalmente eles eram conscientes antes de você condicioná-los e programá-los para se tornarem hábitos. Sim, os outros lhe ensinaram maus hábitos. Mas os outros não podem mudar seus hábitos por você.

Sim, você ainda pode tentar afetar o estímulo (S) quando isso for razoavelmente possível. Porém, a maior parte de sua energia deve ser aplicada onde você obterá o maior efeito e benefício: controlar o que você escolhe pensar (T), quais pensamentos você escolhe reproduzir (P) e o que você contacta (H) com sua energia interior.

A maneira mais eficaz de controlar um sentimento é controlar o que você leva ao coração (H). Se você não leva algo ao coração (H) você não conseguirá ter sentimentos sobre esse algo.

A maneira mais eficaz de controlar o que você leva ao coração (H) é controlar o que você reproduz (P) -- pois você somente leva ao coração (H) o que você reproduz (P). Reproduzir implica em identificar-se com algo, fazer desse algo parte do seu ego ou auto-estima, acrescentar sentimentos e experiências a novas experiências (S), obssecar-se com (S), tentar mudar ou controlar (S), gerar expectativas e desejos sobre (S), fazer de (S) algo importante ou perigoso, e ter crenças e interpretações sobre (S).

Embora isto tudo seja uma óbvia simplificação, afinal nem todas as sensações vêm do pensamnto (T) ou (P), é um lugar fácil para você começar a retomar seu poder pessoal: a responsabilidade emocional é a chave da sua saúde mental.

Sim, os outros podem criar a ocasião, a oportunidade, a tentação e o estímulo para que você pense, repense, e leve essas sensações ao coração. Mas os outros não podm escolher seus pensamentos (T) ou quais pensamentos você vai reproduzir (P). E os outros não podem escolher levar suas sensações dos estímulos ou dos pensamentos ao seu coração (H). Sim, é verdade, quando você era criança os outros pareciam ter poder sobre seus pensamentos e sentimentos, mas agora que você é adulto pode escolher ver através desses jogos e manipulações.

Somente você é responsável por suas escolhas. Não é maravilhoso?! Ou então o que você seria? Não um ser humano, mas um robô, uma marionete, uma invenção da imaginação de alguém, ou um zumbi.

Está na hora de você crescer, de amadurecer, e de tornar-se responsável por você todo: emocional, mental e comportamental. Então estará pronto para a fase final da maturidade: a responsabilidade espiritual.

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-> Aceite que você é totalmente responsável por todos os seus sentimentos. Pare de culpar os outros e se fazer de mártir.

-> Não aceite absolutamente nenhuma responsabilidade pelos sentimentos dos outros. Recuse qualquer culpa.

-> Não aceite absolutamente nenhuma responsabilidade por mudar os sentimentos dos outros. Deixe que os outros amadureçam.

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Quanto mais uma pessoa precisa de ajuda tanto mais provável essa pessoa vai resistir a aceitar ou a buscar ajuda. E por quê? Porque essa pessoa se encontra emocionalmente fraca e vulnerável de tal forma que qualquer confissão de qualquer falha que seja a levará a sentir ainda mais dor e sofrimento pelo ego ferido. Evitar e escapar da dor do ego ferido é a vida das pessoas emocionalmente imaturas. Infligir dor nos outros por meio de críticas, fofocas, sabotagem ou sarcasmo é a estratégia daquelas pessoas emocionalmente imaturas que descobriram que esse tipo de estratégia é eficaz para escapar da dor do seu ego ferido.

Fonte: Kevin FitzMaurice, Secret of Maturity, FitzMaurice Publishers, Portland, OR, EUA, 2017. Trechos selecionados.