Um dos Santos Padres disse:
Quando estava em Alexandria, fui ao relicário de um santo mártir para rezar. Lá, encontrei uma afável mulher cristã que (parecia-me) estar vestindo roupas de luto. Com ela estavam alguns (servos) meninos e meninas. Segurando firme o gradil do túmulo do santo mártir, ela dizia assim: "Tu me abandonaste, Senhor, tem piedade de mim. Mestre, Tu que amas a humanidade!" Ela chorava tanto, vertia tantas lágrimas, que parei de rezar e comecei a prestar atenção nela. Pensei que, por ser viúva, talvez ela estivesse sendo oprimida por alguém.
Como eu conhecia o vice-comissário, esperei até que ela terminasse suas orações. Chamei um dos jovens que a acompanhavam e disse: "Chame sua preceptora até aqui". Quando ela se aproximou, disse-lhe o que pensava [ser a condição dela]. Ela novamente derramou-se em lágrimas, dizendo: "Ó, Padre, o senhor não sabe qual é meu problema? Deus me abandonou, Ele não me visita mais. Hoje faz três anos que não adoeço, nem minhas crianças nem meus servos nem ninguém da minha casa, e concluo que Deus deu as costas para mim por causa do meu pecado. É por isso que estou em prantos: para que Deus me visite sem demora, segundo Sua grande misericórdia". Fiquei impressionado com a alma filosófica daquela mulher; rezei com ela e segui meu caminho, glorificando a Deus.
Fonte: The Spiritual Meadow, São João Mosco, Cictercian Publications, 1992, p. 201.
Leia também: O que os Santos Padres ensinam sobre as doenças
Leia também: O que os Santos Padres ensinam sobre as doenças