2 de agosto de 2010

Justificar o pecado é pior do que cometê-lo


No verão de 2003, o Diácono Rados Mladenovic relatou um encontro recente que havia tido com o primaz da Igreja Ortodoxa Sérvia, o Patriarca Pavle. Eis o que ele contou:

Nosso santo patriarca Pavle (1914-2009) visitou recentemente a cidade de Vrnjačka Banja, e fui até lá para cumprimentá-lo. Perguntei-lhe: "Como vai, Sua Santidade?"

"Muito bem", respondeu-me, e, voltando-se para as monjas, disse-lhes: "Sirvam o diácono e tragam o lanche".

As monjas de Zica sabiam que o Bispo Estêvão sempre me concedia o privilégio de tomar uma dose de conhaque quando eu o visitava em seu gabinete. Elas então trouxeram o café e perguntaram: "Sua Santidade, podemos servir uma dose de conhaque ao diácono?" O patriarca ficou em silêncio. "Sua Santidade, podemos trazer o conhaque para o diácono?" O patriarca continuou mudo.

Para quebrar o gelo, disse: "Sua Santidade, na minha cidade, dizem que um café sem conhaque é como um homem morto sem vela".

"Este é o problema, meu caro diácono", disse-me o patriarca, "o maior pecado não é quando o cometemos, mas quando tentamos justificá-lo!"