30 de dezembro de 2022

A autoestima é a psicologia do Anticristo


Viveu então, entre os poucos que ainda acreditavam no espiritismo, um homem de dons excepcionais - muitos o chamavam de super-homem - que estava longe de ser uma criança tanto na mente quanto no coração. Ele ainda era jovem, mas, graças ao seu gênio extraordinário, aos trinta e três anos conquistou a reputação de excepcional pensador, escritor e reformador social. Ciente de seu grande poder espiritual, sempre foi um espírita convicto e sua inteligência límpida sempre lhe apontava a verdade daquilo em que deveria crer: o bem, Deus, o Messias.

Ele acreditava nisso, mas amava apenas a si mesmo. Ele acreditava em Deus, mas no fundo de sua alma, inconscientemente e involuntariamente, preferia a si mesmo. Ele acreditava no Bem, mas o olho da Eternidade que tudo vê, sabia que este homem se ajoelharia diante do poder do mal assim que o vencesse; não com o engano de sentimentos ou paixões baixas, nem com a sedução de um poder superior, mas apenas estimulando sua excessiva auto-estima.

Fonte: Vladimir Soloviev, Tale of the Anti-Christ, HijezGlobal Press, Alemanha, 2017, grifos meus.