8 de setembro de 2010

"Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus"


A incredulidade é, evidentemente, o fruto maligno de um coração maligno; pois as pessoas sinceras e puras de coração descobrem Deus em toda parte, discernem Deus em tudo e acreditam na existência de Deus em todos os momentos, sem hesitar.

Quando o homem puro de coração contempla o mundo natural, isto é, o céu, a terra, o mar e todas as coisas que neles há, e observa os sistemas que os constituem, a multidão infinita de estrelas no céu, os inúmeros pássaros e quadrúpedes e todo tipo de animal terrestre, a variedade de plantas, a abundância dos peixes no mar, ele imediatamente se espanta e exclama, como o Profeta David: "Quão grandes são as tuas obras, Senhor! Todas as coisas fizeste com sabedoria".

O homem, impelido por seu coração puro, também descobre Deus no mundo da graça da Igreja, da qual o homem maligno procura se distanciar. O homem puro de coração acredita na Igreja, admira seu sistema espiritual, descobre Deus nos mistérios, nos píncaros da teologia, na luz das revelações divinas, nas verdades das doutrinas, nos mandamentos da Lei, nas realizações dos santos, em toda boa obra, em todo dom perfeito, em toda a criação.

É por isso que o Senhor disse, nas Beatitudes: "Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus".