30 de junho de 2010

Literatura, cultura e a alma ocidental


No mundo atual, entrar na Ortodoxia é como se converter da mediocridade para a plenitude, da superficialidade para a profundidade, da impostura para uma realidade tão rica e tão vasta que, às vezes, ficamos na dúvida se é possível que a Igreja e o mundo “real” possam existir juntos e ao mesmo tempo.

Esta conversão ocorre não sem certo desconforto, pois a conciliação dos aspectos exteriores da vida moderna com o pensamento profundo e interior da Ortodoxia parece-nos algo impossível. A Ortodoxia se apresenta a nós como uma realidade muito mais intensa e transcendente. Esta impressão origina-se do fato de que quase sempre trazemos conosco uma parte da mediocridade, da superficialidade e da impostura da vida moderna. Esta superficialidade aos poucos corrói a vida espiritual -- a despeito de nossas boas intenções --, e em pouco tempo chegamos à conclusão de que há algo de muito errado conosco.

No entanto, quem acha que todas as coisas ocidentais são ruins está muito enganado. Viver pensando desse jeito é simplesmente impossível. Somos ocidentais: afinal, nossas almas foram forjadas pela psicologia e pela mentalidade ocidental. O esforço freqüentemente doloroso de conhecermos a nós mesmos só poderá ser bem-sucedido se compreendermos as forças que nos moldaram.

Ao invés de ficarmos fugindo de nossa própria cultura, ou de tentarmos negar o poder que ela exerce em nós, seria muito melhor se a encarássemos com honestidade e sinceridade a fim de compreendermos sua essência e origem. Este é o primeiro passo para a formação de uma cosmovisão ortodoxa, e esta é a tarefa número 1 que nos aguarda. Se lograrmos êxito nessa tarefa, então seremos capazes de distinguir aquilo que é culturalmente útil daquilo que é culturalmente desprezível. Talvez ainda mais importante do que isso, seremos capazes de alcançar o autoconhecimento, ou seja, de alcançarmos a profundidade de alma que nos permitirá vislumbrar o caminho para que nos tornemos bons cristãos.

Na verdade, não herdamos a cultura ocidental coisa nenhuma. Este é o grande problema. Nós fomos educados e aculturados nas ruínas dessa cultura. Não vivemos no Ocidente, mas na memória pálida e moribunda do Ocidente. A “cultura” contemporânea é uma cultura inexistente, um vácuo que contrai a alma e asfixia o espírito. Antes de tentar mergulhar o espírito nas águas profundas da Ortodoxia, o homem contemporâneo faria melhor se primeiro nutrisse sua alma, pois a má-nutrição paralisa toda e qualquer tentativa de desenvolvimento espiritual. O homem ocidental moderno é como uma planta de raízes superficiais: ela jamais conseguirá crescer de maneira vigorosa e sustentável. O espírito do homem moderno é incapaz de se elevar, pois um espírito elevado exige uma alma profunda, que tenha maturidade e sensibilidade suficientes para perceber a nobreza das coisas e para ser enobrecida por elas.

Os Padres sempre ensinaram que a parte mais elevada e espiritual da natureza humana funda-se sobre o primeiro nível da alma, que é justamente o nível que melhor responde aos estímulos produzidos pelas coisas virtuosas, nobres e belas. As capacidades humanas, distorcidas pela Queda, devem ser restauradas à sua normalidade, e somente depois que essa normalidade estiver restabelecida é que conseguiremos progredir nas coisas espirituais. A “percepção superior”, que São João Clímaco chamava de “atributo” da alma, é “esbofeteada” pelo pecado, e por isso temos de nos treinar melhor. O redirecionamento e a elevação da alma é a tarefa essencial de todos os cristãos ortodoxos.

Ao contemplar o belo e o nobre contidos nas obras de arte, o cristão terá a chance de restabelecer em si a sensibilidade para um tipo muito especial de ternura e de simpatia. A inclinação para o belo e para o nobre vem de Deus, mas essa capacidade foi obscurecida pela própria negligência humana. O crescimento espiritual autêntico só será possível depois que o primeiro nível da alma tiver sido elevado e purificado. Do contrário, será extremamente difícil atingir a sobriedade, a fertilidade, a autenticidade e a profundidade na vida espiritual. A alma incultivada raramente possui o discernimento e o equilíbrio para enxergar com clareza e honestidade, nem a sensibilidade para sentir com profundidade, nem a inspiração para esforçar-se intensamente, nem o idealismo para alcançar incondicionalmente o que há de melhor e mais verdadeiro. A sensibilidade e a intensidade não são em si atributos espirituais. No entanto, servem de prelúdio às coisas espirituais.

É psicologicamente impossível que, de uma hora para outra, nos tornemos “não-ocidentais”, mesmo que isso fosse uma coisa desejável. A rejeição pura e simples dos frutos de centenas de anos de cultura cristã, na esperança de escaparmos da mácula do “ocidentalismo”, é uma postura intelectualmente irresponsável. A recusa em nos nutrirmos daquilo que é edificante e elevado inevitavelmente implicará em nos nutrirmos daquilo que não é edificante nem elevado: a cultura pop americana, repleta de superficialidade e falsidade, infiltra-se dia após dia em nossos corações desprotegidos. Se não reagirmos, se recusarmos a escolher as coisas sublimes, então nossas almas serão inapelavelmente asfixiadas pelo artificialismo e pela baixeza. Seremos perpetuamente contaminados pela imundície mortal do mundo -- e por nossa própria imundície --, e jamais seremos capazes de tocar o fundo de nossos corações, nem responder as necessidades de nossos próximos.

Observe o exemplo da Igreja primitiva. Quando a Igreja denunciava a cultura pagã, ela denunciava somente os aspectos que se fundavam no demonismo da religião pagã e no hedonismo da arte pagã. No entanto, os aspectos da cultura helênica que eram úteis e saudáveis não foram rejeitados e denunciados pela Igreja, mas, pelo contrário, foram transmutados por ela em declarações missionárias profundamente convincentes.

Ontem como hoje, muitas pessoas negavam que a arte e a cultura seculares poderiam ser utilizadas como instrumentos para cultivar e educar a alma, e o faziam lançando mão da exortação do Apóstolo: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Colossenses 2:8).

Os Padres da Igreja, ao lidarem com esta questão, formularam a resposta que se tornaria a postura ortodoxa por excelência, a resposta registrada nas obras de homens como São Clemente de Alexandria, São Basílio e São João Damasceno.

Em seu Stromateis, São Clemente ensina que a exortação do Apóstolo aplica-se somente aos casos em que a pessoa abandona as coisas espirituais para abraçar as coisas do mundo, ou seja, quando ela abandona a verdade altíssima do Cristo para abraçar a verdade parcial da cultura secular, pois “a filosofia é extremamente rudimentar se comparada ao Cristianismo, e serve tão-somente de treino preparatório para a verdade”. (Stromateis, VI, 7).

É bem verdade que os estudos da poesia, da história, da arte e da ficção são “extremamente rudimentares”. Não são estudos espirituais. Mas nós, inseridos na realidade do mundo moderno, precisamos demais desses rudimentos; precisamos não apenas de vida espiritual, mas de humanidade pura e simples. O Apóstolo exorta-nos a não confundirmos a vida inferior da alma com a vida superior do espírito, e pede para que não abandonemos a plenitude do Cristo para abraçarmos a vacuidade do mundo. Porém, notem que ele não pede para ignorarmos o desenvolvimento da alma.

São Clemente não foi o único que percebeu a necessidade e a utilidade de coisas tão “mundanas” como a poesia. São Basílio, em seu “Discurso aos jovens sobre o uso correto da literatura grega”, demonstra claramente a relevância da cultura secular para a vida espiritual:

"Devemos depositar nossas esperanças nas coisas transcendentes; preparem-se para a vida eterna fazendo aquilo que nós fazemos. As Escrituras apontam para a vida eterna; elas ensinam com palavras divinas. Porém, na medida em que nossa imaturidade nos impede de entender seus [das Escrituras] pensamentos profundos, exercitemos nossas percepções espirituais com obras seculares, as quais não são completamente distintas [das Escrituras] e nas quais percebemos a verdade como em sombras e espelhos... Conseqüentemente, devemos conversar com os poetas, com os historiadores, com os oradores, em verdade, com todos os homens que possam auxiliar a salvação de nossas almas... [Devemos] preservar os recursos, sem deixar de revirar nenhuma pedra...de onde devemos extrair toda ajuda... A virtude é o único e verdadeiro tesouro, o tesouro que permanece conosco na vida e na morte, [e] já que temos de alcançar a vida futura mediante a virtude, nossa atenção deve apegar-se aos trechos das obras dos poetas, dos historiadores e especialmente dos filósofos nos quais a virtude é enaltecida, [pois] aqueles que foram instruídos nos exemplos pagãos não considerarão impraticáveis os preceitos cristãos... Portanto, nós devemos agir com sabedoria e extrair dos livros pagãos tudo aquilo que é benéfico e aliado da verdade, e ignorar o resto".

Similarmente, São João Damasceno, na Exposição da Fé Ortodoxa, exorta aos cristãos ortodoxos que têm “sede de conhecimento” a “deleitarem-se” nas Escrituras, “pois [elas] contêm a graça que jamais se exaure. Porém, se somos capazes de lucrar com outras fontes, então isto não nos será proibido. Sejamos, pois, bons banqueiros: coletemos o ouro puro e genuíno e rejeitemos o que é espúrio. Aceitemos as boas doutrinas, mas atiremos aos cães os deuses ridículos e as fábulas insanas, pois daquelas extrairemos grande força contra estas”. (Iv. 17)

Adotando, pois, esta postura, a Igreja batizou a cultura pagã; os dejetos foram expurgados e o restante foi elevado. Essa cultura batizada era precisamente a cultura ocidental. Por onde a Igreja passou na Europa, ela sempre adotou esta mesma postura. Na Irlanda ou na Gália, na Bretanha ou na Espanha, a Igreja preservou tudo o que era bom e verdadeiro nas artes e na literatura popular, na natureza e na sociedade. A cultura pagã da Europa pré-cristã encontrou no Cristo a realização para suas mais sublimes aspirações, e foi assim que a Europa floresceu.

Por conseguinte, gerações de homens e mulheres desenvolveram suas mais profundas aspirações construindo, cantando, criando e vivendo. Eles regozijaram-se em Deus, nas maravilhas de Suas obras e de Seu mundo, e o legado que nos deixaram manifestam essa alegria. Eles criaram uma época cujas maravilhas e belezas estão praticamente esquecidas, onde a poesia corria solta no sangue e a castidade não era vergonhosa, mas corajosa, onde o escárnio e a superficialidade não eram sinais de fortaleza e as lágrimas não eram sinônimo de fraqueza, um mundo gentil e cortês, honrado e preciso, nobre e íntegro.

Este era o nosso mundo. A imundície da publicidade e das novelas nem sempre fez parte do mundo. Houve um tempo em que o júbilo, a nobreza e a alegria faziam parte do mundo ocidental. Se formos incapazes de enxergar esses aspectos, então jamais conheceremos a nós mesmos. Se não enxergarmos a objetividade bela e cristalina da mente medieval -- por exemplo, a visão profunda e humilde que tinham do cosmo como um grande baile real --, e tivermos olhos tão-somente para as provas de Anselmo e para a auto-exaltação papal, daremos a demonstração mais cabal possível do entorpecimento de nossos corações. O homem medieval contemplava o céu noturno e chorava, sentindo-se enclausurado nas duplas trevas da separação física e moral de Deus. Mas ele também acreditava que as estrelas eram buracos no chão do céu: aqueles pontos de luz vinham de um mundo onde o dia era perpétuo e onde todas as coisas dançavam jubilando-se pela criação e brilhando na luz imutável de Deus.

O homem medieval valorizava a hierarquia porque, para ele, a hierarquia era uma lembrança de Deus. O mundo inteiro era como que um desvelamento incessante, uma alegoria intrincada da majestade e do amor de Deus. Ele exultava-se em júbilo na obediência e caminhava temeroso na humildade da autoridade, porque ambas eram imagens de profundas realidade espirituais. Ele alegrava-se pelas cores e pela beleza do mundo físico, porque elas eram prenúncios dos esplendores ainda maiores do Reino de Deus.

Ele poderia empenhar sua vida inteira na construção de uma catedral, e jamais se esquecer da transiência do mundo temporal. A literatura, a didática, a moral, tudo o fazia lembrar da beleza da virtude e da nobreza e da brevidade da vida. A poesia entoava o esplendor do mundo criado e o temor de Deus. A sociedade lhe ensinava a sentir a realidade e a proximidade do reino espiritual de maneira quase tão intensa quanto o mundo físico. As igrejas – resplandecentes, delicadas, formosas – elevavam a alma e o espírito a grandes alturas.

O ímpeto apostólico impulsionou este mundo por quase mil anos. O alimento fornecido por mil anos de Ortodoxia formaram a base espiritual sobre a qual cresceram tudo o que há de melhor na arte e na cultura ocidentais. Esse ímpeto permaneceu praticamente intacto até o Iluminismo, mas foi intensamente corroído durante a Era Romântica e, por fim, ruiu inteiramente em nossa época. O que de melhor foi feito, foi feito neste espírito e vem deste mundo. A comunidade de sentimentos e intenções que marcam os melhores escritores, artistas e músicos vem desta fonte. A despeito das mudanças sociais, políticas e religiosas, Shakespeare e Dickens, Bach e Mozart, Donne e Hugo compartilham deste mundo, e é para este mundo que os cristãos ortodoxos devem se voltar a fim de moldarem suas almas. Há lições que temos de aprender com o passado antes que possamos alimentar esperanças quanto ao futuro.

Os Padres recomendavam o estudo das artes e letras pagãs como instrumentos para treinar a alma. Nós, que temos a nosso dispor os produtos da cultura ocidental fundados no Cristianismo, não apenas não devemos temer o uso destes produtos, mas não temos desculpas para ignorá-los. Pensar que tudo o que é ocidental é ipso facto suspeito revela uma profunda insegurança, um legalismo mais rígido do que qualquer seita, um escolasticismo mais árido do que qualquer summa.

Temos de recuperar os sentimentos e sensibilidades que outrora fizeram parte de todos os povos civilizados. As obras de arte, a literatura e a música pré-modernas portam valores essenciais para nós. Elas podem nos ensinar coisas que nada do que se produz hoje poderia nos ensinar: o que é nobreza, o que é virtude, o que é honra, o que é pureza, o que são sacrifício e lealdade, o que é digno e o que não é. Poesia, música, arte, ficção: nada disso é alimento espiritual, mas tudo isso é leite e pão de que precisamos a fim de ganharmos força para vivermos da carne do espírito.

A visão, o som e a sensação do sublime são coisas que perdemos. Para recuperá-las, devemos retornar a um tempo onde a moral nebulosa e arenosa ainda não havia dominado o mundo: um tempo onde a visão do homem ainda era suficientemente clara e sua alma suficientemente apurada. Se não dominarmos os planaltos da alma, dificilmente conseguiremos alcançar os píncaros do espírito. Embrutecidos pelo zunido e pela cacofonia moral do mundo, os corações permanecem frios e as consciências entorpecidas. Estamos insensíveis à piedade, à honra, à nobreza, à pureza, porque quase nunca as vemos. Até mesmo pela beleza não somos mais movidos, uma vez que já nem mais sabemos o que é beleza. Assim como a maioria dos termos de valor, “beleza” tornou-se uma palavra vazia, sem conteúdo, desprovida de sentido absoluto. Hoje em dia, beleza é aquilo que nós gostamos, ou o que quer que nos digam que é bonito. A arte passou a ser aquilo que decidimos que é arte. Já não podemos mais dizer que um monte de calotas enferrujadas e canos retorcidos não é “arte” da mesma maneira que Rembrandt é “arte”.

A apreciação artística tornou-se algo inteiramente pessoal apenas recentemente. A beleza, assim como os demais aspectos da arte, era outrora um aspecto da Verdade absoluta, que era Deus. Portanto, uma coisa era bela proporcionalmente à fidelidade com que refletia alguma parte da imagem e da verdade de Deus. Ora, como o coneito de Verdade está totalmente perdido, não mais somos capazes de expressas o conceito verdadeiro de Beleza, e nutrimo-nos de mediocridade, feiúra, de anti-beleza, anti-heroísmo, anti-arte, daquilo que zomba Deus e o homem.

Temos de reaprender o que é beleza. Temos de aprender a sermos arrebatados pelo furor de uma fuga, a sermos enebriados pela loucura de Lear, a sermos consumidos pela sanidade de Quixote. Temos de ser renovados pela saúde e caridade de Dickens, iluminados pela clareza e pela percepção de Hugo, fortalecidos pela gravidade sóbria e pela esperteza oblíqua de Johnson, tocados pelo fogo de Donne, tranquilizados pela flora primaveril de Chaucer.

Temos de sentir de novo a dor da saudade, a alegria amarga de quase tocar, mas nunca apreender, de quase ouvir, mas nunca compreender Aquele cuja Beleza torna a arte bela. Em seu sentido mais profundo e verdadeiro, é exatamente isto o que a arte faz: precisamos dela precisamente porque ela nunca sacia. Ela sempre estimula a sede, ela sempre nos lembra da fome que nunca é saciada. Ela nos leva aos pontos mais altos da experiência humana, para depois nos deixar com saudades não sabemos exatamente do quê. Neste ponto, o espírito estará pronto para prosseguir, para encontrar seu verdadeiro lar em Deus. A alma inculta, informe, não sentirá a verdadeira profundeza e dor da saudade, nem saberá como remediá-la. Se quisermos sentir fome e sede suficientes para buscar a Deus com diligência e comprometimento, temos de moldar a alma com cuidado e persistência.

E temos de moldar as almas de nossos filhos. A criança que nasce e cresce nos dias de hoje encontra-se em desvantagem ainda maior do que seus pais. Sem o esforço e a preocupação constantes, os pais não conseguirão evitar que seus filhos cresçam aleijados de alma e atrofiados de espírito. É importante que os adultos lutem pela elavação e pela pureza de suas almas; ainda mais urgente é instilar o idealismo, a agilidade espiritual, a simplicidade e a amabilidade nas almas das crianças. As crianças que são criadas em meio à boa música, boa leitura e boa arte desenvolverão a genuinidade instintiva, a acuidade do ouvido espiritual, as quais serão valiosíssimas para suas vidas. Elas não serão enganadas pela futilidade, e jamais se esquecerão das imagens de pureza, cavalheirismo, integridade e beleza que ganharam quando leram e ouviram aquilo que de melhor o coração e a mente humana puderam produzir. Quando suas almas forem bem formadas, elas serão capazes de resistir às muitas ilusões e divertimentos tolos que os aguardam pelo mundo afora.

Se quisermos servir a Deus de todo o coração e mente e alma, temos de garantir que nossas almas sejam verdadeiras e retas, que sejam bem treinadas para pelo menos reconhecer a nobreza e a integridade, mesmo que a debilidade da carne impeça que as pratiquemos. Portanto, é o ensinamento ortodoxo das necessidades da alma que demonstra a utilidade espirtual da cultura e da literatura.

Fonte: St. Xenia Skete, The Orthodox Word, Vol. 19, nº 1 e 2, 1983, St. Herman of Alaska Brotherhood, Platina, CA, EUA.